2 de junho de 2011

Você tem fome de quê?

Café, leite, pão e queijo. Teve empadinha também. Hoje tomei um café gostoso com as meninas. Hein, um breve comentário; Isis arrumou o quarto antes de ir pra faculdade. Juro! Às SEIS da manhã. Quem, em condições normais de pressão e temperatura arruma o quarto às seis da manhã? Pronto, comentei! Cíntia não viajou até o fundão e Lívia já havia partido para a longa viagem até lá. Enfim, nós três. Foi um café rápido, com uma conversa dali, uma pergunta daqui e umas risadas, porque não pode faltar, mas foi corrido. Pão, queijo, café e leite... Isso nós temos no prato, é fonte de energia que nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar ou estudar, correr... Sei lá. Tanta gente faz tanta coisa de manhã. Tanta gente faz nada! Nossa meta primeira é a sobrevivência do corpo. Só que ando pensando... E o alimento da minha alma?

Ontem, no meio da tarde, senti uma fome que me deixou melancólica, rs. Dei conta de que estava indo pouco ao cinema no meio da semana, que tenho me preocupado muito, ficado com medo dos dias curtos. Que tenho estudado muito e que várias vezes minha concentração é egoísta, sabe? Fica focada na matéria, não quer dispersar-se por nada. Fico tensa! Reparei que tenho conversado pouco com algumas pessoas, e senti uma vontade enorme de viajar. A geladeira aqui de casa, afortunadamente, está cheia, e ando até um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti desnutrida. Senti vontade de me alimentar!

As revistas, os jornais, tio Bonner e tia Fátima, Twitter e até o facebook , isso tudo nos informa e nos situa no mundo, mas não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses cavalares e nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo. Para alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça!

Se não há silêncio perto de mim, quero procurá-lo onde ele se esconde e pegar uma estradinha de terra batida, visitar um sítio, uma cachoeira, ou ir pra beira da praia. O litoral também é bonito nesta época, estou com saudade de Cabo Frio, da tia Lú, do Matheus. Aliás, estou com saudade de tanta gente, meu Deus...
Quero procurar o afeto, procurar aqueles que gostam de verdade de mim. Tirar férias de rancores e mágoas, abraçar forte, sorrir, permitir que me procurem.

Procurar a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes, ir ao encontro de tudo que não tem regras. Caçar o amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas, modismos, conceitos, procurar o que é surpreendente, o que possa se expandir na minha frente, o que possa me provocar prazer de olhar, sentir. Quero olhar pra Niterói com olhos de estrangeira, como se eu fosse uma turista. Quero abrir portas!

Arroz, feijão e bife. Pão, queijo, leite, e uma empada pra quem gosta do pecado logo pela manhã como a feia da Cíntia, rs - que de feia não tem nada... Isso nos mantém de pé, mas não acaba com nosso cansaço diante de uma vida que, se nos descuidarmos, torna-se repetitiva, monótona, entediante. Quero engordar no lugar certo. O ritmo dos dias é tão intenso que às vezes não me alimento direito. Esqueço. Que eu entupa minha alma de calorias! Yeah!

Um comentário:

  1. Milu, adorei o texto! Tão importante como nos alimentarmos fisicamente é darmos alimentos aos nossos sentimentos, a nossa alma. Para que possamos viver e não simplesmente passar pela vida. =D Yeah!

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Vai dar o seu "pitaco?" =P